quarta-feira, 29 de abril de 2009

Árvore de vida by: A. Bullon


A esperança que se adia faz doer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida. Provérbios 13:12

Noel Borja poderia ter-se tornado milionário (...) Ele tinha trinta dias para se apresentar diante das autoridades e reclamar 116 milhões de dólares que o seu avô desaparecido lhe tinha deixado como único herdeiro.
Infelizmente a casa onde ele morava estava vazia. Procuraram-no por todos os lados, mas ninguêm sabia o novo endereço. A carta que comunicava a noticia perdeu-se numa montanha de correspondencia não atendida. A data limite expirou e o Noel nunca apareceu.
Teria sido tão simples comunicar o seu novo endereço. Talvez ele até tenha pensado em faze-lo. Seguramente disse: "Amanhã." O amanhã nunca chegou, e ele nunca aproveitou aquela fabulosa quantia de dinheiro. Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje. Hojé é o dia. Agora é a vez.
Tudo o que se adia traz tristeza ao coração. Uma decisão, um trabalho, uma resposta. Inventaram-se desculpas para justificar essa atitude. As pessoas podem até acredtar nos argumentos que inventamos, mas a vida não. A realidade é dura. Mais cedo ou mais tarde cobra-se o preço do dever adiado.
Hoje é a altura para reavaliar a nossa atitude perante deveres e promessas (...) Não existe melhor exemplo de abundância que uma árvore cheia de frutos. A exuberância do seu aspecto fala de prosperidade e plenitude. Há alegria, felicidade e realização. O futuro parece promissor, o presente oferece segurança e o passado satisfação.
A árvore cheia de frutos fala do tempo exacto da sementeira, do cultivo e da colheita, da estação certa da chuva e do sol. O que tinha que ser feito, foi feito na hora certa, nada foi adiado. Adiar a chuva, por exemplo, teria sido trágico no amadurecimento o fruto.
Hoje é o dia, não amanhã. Diz "eu amo-te" hoje. Pede perdão agora. Abre os braços para a reconciliação neste instante. Não adies porque "a esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida".

domingo, 26 de abril de 2009

Apenas um pensamento #



Nem sempre dizemos o que gostaríamos. As palavras por vezes fogem, nos deixam desabrigados. Voam distante de onde gostaríamos que pousassem.

Ontem, que era um dia frio. Um sonho perdido refugiou-se na ausência das letras. Chegou de mansinho, agarrou-me pelas pernas. Nem sequer pediu licença, apenas foi se achegando.

Eu bem tentei dizer que não estava numa de prosear, mas tudo chimarrão já estava pronto. Armada em teimosa resolvi tomar uma meia de leite de máquina. Prática e quente.
Pensei que fosse o suficiente para me aquecer.

Ao andar pelas ruas escuras, o breu foi me envolvendo também. Gostei da pauta nocturna.
Cheguei a casa. No rádio tocava uma voz que me envolvia.

Estava envolta em coisas demais para adormecer. O frio lá de fora furou a barreira da realidade. Vi-me a subir o Monte Everest e o medo de não chegar ao topo congelou- me.
Faltou um abraço quente, um colo aconchegante para dividir o travesseiro. Uma briga qualquer para extravasar a monotonia. Faltou um outro beijo de boa noite.

O dia amanheceu numa paz desigual, não saímos juntos para olhar as estrelas e não acordei envolvida pelos desejos que me fizeram adormecer.

Hoje é apenas mais um dia.
Reservando ilusões, algumas surpresas talvez...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O dia D @


A emoção apodera-se de ti e tu sentes-te tão bem.

A emoção é uma experiência afectiva que aparece de maneira brusca e que é desencadeada por um objecto ou situação excitante. Provoca muitas reacções motoras e glandulares, além de alterar o estado afectivo. A nossa existência está contextualizada no mundo e como tal, vivemos cercados de objectos, situações e de outras pessoas com quem interagimos.

Lembro-me daquele momento que eu me enchi tanto desta coisa que chamam emoção que nao conseguia parar de chorar. As lágrimas corriam pela minha cara sem parar.

Estava eu numa sala. Essa sala estava às escuras. Tava num sitio que nao conhecia, no meio de montanhas e longe da minha casa.
Estava junto de alguém que eu gosto muito muito muito, essa pessoa estava à minha esquerda. À minha direita estava uma rapariguinha morena baixinha. Atrás de mim estava um casal de senhores de meia idade. Todos nós estavamos demasiados concentrados naquele exercício.

O senhor dizia assim:
"Gostaria que cada um exprimisse uma coisa que acham que Jesus gostaria de dizer à pessoa que está ao vosso lado. Digam-lhe ao ouvido para que seja apenas essa pessoa a ouvir."

O exercicio iniciou-se.

A minha esquerda ela disse-me assim: "Jesus quer que tu entregues a tua vida a Ele"
A minha direita aquela rapariga baixinha afirmou: "Jesus quer que tu brilhes para Ele"

Passaram três segundos.

Senti uma pessoa agarrar-me pelo braço. Essa pessoa era a senhora que estava atrás de mim. Lembro-me dela andar sempre a acarinhar-me quando eu era criança. Lembro-me de brincar com o filho dela. Lembro-me de o marido dela me levar no seu automóvel.
Ela disse-me assim: "Jesus nunca se esquece de ti"

Naquela noite a emoção tomou conta de mim. E lá fora estava uma fogueira. Parecia a fogueira que estava dentro de mim. Ela estava viva e o vento assoprava sobre ela a dar-lhe ainda mais força para arder.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

*Doce vida de (des)ilusões! (Um episódio)


Pra começar, como definir a saudade? Eu acho que ela é prima do amor, da amizade, do carinho, do encantamento. E é irmã da memória. Nem toda lembrança traz saudade, mas toda saudade vem abraçada com uma lembrança. Pode ser a lembrança de um quem, de um quê, de um quando, de um onde, de um como, de um porquê... mas é sempre uma recordação de algo que foi bom, que nos cativou e nos fez feliz.

Caminham duas adolescentes numa noite fria. Elas iam descalças. Vinham duma grande festa. A rua estava vazia. Tão vazia que não havia uma pessoa, um carro, um animal, uma folha de uma árvore a mexer naquelas ruas que elas percorriam.
Sabiam as duas onde iam, mas no fundo não sabiam muito bem. A esperança pairava no coração de cada uma. Eram muitos dias, muitas horas, muitos minutos na viagem à roda daqueles nomes.

"Onde estamos a ir?"
"Para quele jardim. Eles estão lá à nossa espera"
"Não sei se estarão."
"Vais ver que sim, se eles disseram que vinham é porque veem"
"Ai, isto vai correr mal!"
"Não vai nada. Queres um cigarro?"
"Quero lá agora..." (pausa) "Quer dizer, dá cá. Estou uma pilha de nervos."

A miuda inala o fumo do cigarro e quase um segundo depois deita-o fora.

"O que? Mas tu até sabes fumar..."

Ela ri-se. Elas riem-se juntas.

"Chegamos. Aiii. Descemos?"

Ela para e respira fundo. "Sim"

Além estavam os rapazes, lindos como sempre. Aqueles sorrisos caracteristicos e os olhares iguaizinhos aos dos sonhos delas. Mais uma vez elas e eles além estavam, frente a frente. Um arrepio subia a espinha de cada um presente naquele jardim deseto em que só as arvores eram testemunhas deste quadrado perfeito.

"Toma! É para ti"
"Para mim? Ai nao acredito."
"Também tenho uma."
"Obrigada" Dizem quase em coro.

E cada casal se senta no seu banco. Longe mas perto um o outro a saborear os mistérios da noite até ao amanhecer, como em tantas noites aconteceu.

O amanhecer vinha sempre apesar dos desejos eram que nunca chegasse... Amanhecer esse que faz o sonho se desfazer, eles e elas partiem e tudo voltar à realidade. E a saudade ficava. Sempre.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Nariz de palhaço


A minha colega Veronica Pereira no seu blog http://recadreams.blogspot.com/ está e parabens pelo seu post n.º 68. Ela realmente tem um dom para a pesquisa porque todos os seus post são espetaculares mas gosto especialmente deste, nao sei porque.

Mais uma vez cá vai:

Gostava de trocar estas lágrimas por sorrisos, de trocar estas dores por dias de sol e de arco-íris.. Gostava de poder voltar atrás, de refazer o momento em que te conheci, de refazer o momento em que me dei demasiado a conhecer. Preferia nunca ter tocado na tua mão, nem ouvir a tua voz a sussurrar o meu nome. Seria melhor nunca ter existido essa primeira palavra que me faz agora não querer viver sem ti, quando tu já nem te lembras das minhas palavras perdidas nessas noites escuras, em que as estrelas teimavam em aparecer.
Talvez tenha de sorrir, de colocar em mim a alegria dos palhaços tristes e das dançarinas que permitem à música tomar o lugar de tristezas.
Vou colocar um nariz de palhaço, e esperar-te sentada nessas escadas onde os plátanos deixam cair uma neve dourada. Vou pôr esse nariz de palhaço e sorrir-te, só para que fiques melhor, só para que um dia ao abrires essas tuas janelas percebas que desta vez esperei o tempo suficiente. Esse nariz vermelho, que vai proteger-te das minhas lágrimas e proteger-me destes anos em que nada tens dito.
Talvez um dia me voltes a ver como sou, talvez percebas que sempre existiu amor, talvez percebas que não vale a pena ter medo, que estou sempre aqui. Aqui. A um passo do que para ti é um abismo.


"I can't live without you
Could I ever learn how to live with you
Because I believe it
Yes I believe it
And I, I'm trying..."


Muito inspirador!
Parabens Verónica, magnifico =)

Sentir esperança é...


Definir o que é sentir esperança em relação àquilo que move o mundo é muito dificil de se conseguir.
Encontrei algures um poema que define exactamente isso. Chama-se "O espelho dos meus pensamentos" de uma outora chamada Mané.

Cá vai:

Sentada na linha da minha consciencia,
a melancolia faz contas aos meus dias,
incluindo tambem as experiencias da minha vida.
Pareço um gavião, com as asas abertas no horizonte,
abraço o céu que està em cima de mim
e afundo no cenario de um por do sol.

Nunca te vi…..
mas consigo ler asas de borboleta nos teus olhos.
Nutro-me da esperança que a tua pele seja so minha,
nutro-me da esperança que não tenhas uma aventura
ou uma historia sem mim.

Nunca te cheirei…
mas o teu perfume nao me sai da mente.
O mar abre-me so uma lembrança
e uma fotografia de quem aqui nao està.
No espelho dos meus pensamentos, vejo-te,
mas não te consigo abraçar.

Desfaço em bocados a minha raiva,
dou pontapés na areia.
Se soubesse amar outra, apagava-te do tempo,
sem ti faço uma vida de periferia.
O céu está a chorar em cima de mim,
quem sabe se està a molhar também os teus olhos?

Procuro-te…
num bafo que se perde contra um vidro,
numa tela de um pintor que pinta o que não há.
O amor abandonou-nos, nos braços da distância,
que não nos deixa abraçar.
Perdidos na esfera do mundo posicionado ao contrário
e que nos sacode para baixo.

Nao se perde a esperança de te encontrar ainda na minha vida.
Talvez sejas so esta fotografia,
abandonada no espelho dos meus pensamentos,
a fotografia de quem aqui nao está.
O céu está a chorar em cima de mim,
quem sabe se està a molhar tambem os teus olhos?

Procuro-te…
Num bafo que se perde contra um vidro,
numa tela de um pintor que pinta o que não há.


=)

terça-feira, 7 de abril de 2009

Uma Sms no meu telemóvel...


"Sabes Clau a vida não é como nós queremos que seja. Fazemos escolhas para ser como queremos mas nem sempre são as melhores escolhas. A vida não é assim!(...)Nada podes prever. Há escolhas que fazes que parecem ser as melhores mas não são. Pena que só sofremos após te-las feito!"

By: Pin

Marcou-me esta mensagem pk reflecte nada mais nada menos que a REALIDADE.