Ser enfermeiro não se resume apenas a ser um profissional dedicado à prestação de cuidados de saúde a uma pessoa doente ou a ser “o subalterno” do senhor doutor. Ser enfermeiro alcança níveis muito mais elevados do que tudo aquilo a que a sociedade se habituou a pensar e proferir acerca dum profissional que é algo essencial em qualquer instituição de saúde ou que de alguma forma tenha um elo de ligação entre esta.
Um dia um professor meu no curso fez duas perguntas a toda a turma que nunca mais me vou esquecer na minha vida.
A primeira foi o que era preciso para se ser enfermeiro? Todos nós respondemos que seria necessário ser um bom prestador de cuidados tanto ao nível físico (a doença) como psicológico. Ele disse-nos que se enfermagem se tratasse apenas disso que uma escola superior de saúde não teria a necessidade de formar alunos durante quatro anos, bastaria uma semana. Realmente prestar cuidados de saúde sem se olhar o ser humano como uma pessoa e holísticamente (como se de nós próprios se tratasse) seria fácil na medida em que apenas se teria de desenvolver as nossas capacidades técnicas.
A outra pergunta foi se a enfermagem seria uma ciência ou uma arte? Ficamos todos a pensar na pergunta que tinha sido posta no ar. Realmente se a enfermagem não se resume apenas à vertente da prática pode ser uma arte na medida em que o enfermeiro tem de ser um artista. Um artista que todos os dias desenvolve as suas aptidões do não apenas do saber fazer, do saber saber mas também do saber ser (cuidar do outro como se de nos se tratasse, sem esquecer quem somos nós e que é o outro).
Só quem é enfermeiro sabe o que é sê-lo. Passar por cada situação, lidar com cada utente, enfrentar cada situação, lidar com a família… tudo isso faz-nos pensar no que realmente será a resposta à pergunta em questão. Cada aluno, cada professor, cada profissional terá certamente um ponto de vista diferente de todos os outros porque ser enfermeiro não se resume apenas a uma resposta directa como a sociedade faz questão de dar simplificando e ridicularizando a bonita profissão que é ser enfermeiro.
Ser enfermeiro é dar a mão e sorrir com o coração!
Ser enfermeiro não é sinónimo de ser submisso nem de ser missionário. Ser enfermeiro é uma profissão nobre quando é praticada por vocação, com dedicação e especialmente muita paciência...
…quantos cidadãos nos devem a vida a nós - ENFERMEIROS, por vermos para além da sua doença de base!?
São Enfermeiros e não conseguem quantificar a um Gestor, a força de um toque, uma palavra amiga, um Ensino (…) isso não se Regista é inato à Profissão. Ser Enfermeiro é … Entender a pessoa, com todas as virtudes e defeitos, respeitando o próximo, dando uso a todas as teorias de Psicológicas, Humanistas e Cientificas aprendidas no Curso e fora dele.
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